Bom pessoal, como prometido na postagem anterior, venho tratar nessa matéria, falando um pouco a respeito dos benefícios da liberdade de expressão que vivemos nos dias de hoje na República Federativa do Brasil. Mas nem sempre foi assim, houve um tempo que as coisas eram bem diferentes... e para enriquecer nosso diálogo a respeito disso, peço que leiam a máteria do JORNAL O ESTADO DO MARANHÃO na data de 29 de Abril de 1989 em que fiz uma denúncia quando ainda era vereador do nosso município a respeito do descaso de recursos públicos destinados na época. Segue a matéria na íntegra:
"O vereador Francisco Vieira dos Santos (Do OH)
manifesta preocupação com a aplicação dos recursos públicos destinados até aqui
ao município. Ele revelou em entrevista a O ESTADO, que passados praticamente
cinco meses, a nova administração municipal “não disse a que veio, não havendo
sinais de que a cidade esteja merecendo atenção do poder público na solução dos
problemas que a afligem”. O líder pedetista considera perigosa para os interesses
da comunidade, a maioria que o prefeito de Chapadinha detém na Câmara: nove dos
13 vereadores.
Analisando os boletins de desembolso de recursos
oriundos do Fundo de Participação dos Municípios e outras fontes, Do OH informa que até abril, o município
recebeu NCz$ 1.065.223,72 (hum
milhão, sessenta cruzados novos e setenta e dois centavos), assim
discriminados:
Fundo de Participação - NCz$ 366.733,95:
Imposto Único sobre Energia Elétrica – NCz$
685.642,77
Imposto Único sobre Combustível e Lubrificantes –
NCz$ 7.204,07
Imposto Adicional – NCz$ 853,43.
As liberações estão comprovadas, segundo o vereador,
no Banco do Brasil (agência local). “isto tudo sem contabilizar as cotas do
ICMS, liberadas pelo Estado”, esclarece o vereador.
Ainda assim, diz o parlamentar, não há sinal de
qualquer ação positiva da administração em beneficio do povo. Ao contrário, há
um festival de destruição de obras públicas, como abandono de prédios públicos,
demolição de chafarizes e falta de manutenção a estradas municipais de alto
interesse econômico e social.
Demissões
O vereador denuncia demissões arbitrárias
principalmente de professores com 15 ou 20 anos de serviço público, a crise
religiosa entre a administração e a Igreja Católica (o prefeito aluga caçambas
e leva supostos fiéis para assistirem missa no município de Brejo, a 80 quilômetros
de Chapadinha, viagens nas quais uma pessoa já morreu e outra – um débil mental
– encontra-se desaparecido) e o estabelecimento de um clima de insegurança pela
divulgação de volantes com ameaças à população ordeira e a presença ostensiva
de policiais militares armados em torno do prédio da Câmara em dias de sessão.
Do
OH,
que já teve sua casa invadida por secretário municipal, sob a alegação de
buscar chave do prédio escolar que se encontrava em mãos da esposa do político,
professora demitida, diz que a comunidade não quer outra coisa que não o
cumprimento de um programa administrativo que atenda aos interesses e reclamos
da população. “Não queremos nem que o prefeito faça as coisas mirabolantes que
prometeu na campanha, todas de execução impossível”, diz o vereador."
Nenhum comentário:
Postar um comentário